Homem Justo

 


Super Herói: Homem Justo
Autor: Oscar Kern e Ailton Elias
Ano: 1969
Alter Ego: Marcos
Poderes: Possui um cinturão que emite um campo de força que o torna meio transparente e praticamente invisível, super força, invunerabilidade e o poder de voar por meio de sua nave.
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil - Rio Grande do Sul/RS
Site: https://www.facebook.com/ailtonelias.goncalves.54

Homem Justo - Em 1969, surgiu nas bancas um novo super-herói, com roteiro de Oscar Christiano Kern e arte de Ailton Elias Gonçalves. Tratava-se do "Homem Justo", um sujeito que recebe seus poderes de um extraterrestre moribundo (Inspirado no "Lanterna Verde"). O personagem era um pacato cidadão chamado Marcos que, durante uma pescaria, encontra um extraterrestre ferido chamado Borin. Este fugira de seu mundo, um planeta dominado por uma ditadura. Mas na fuga acabou sendo ferido pela polícia secreta de lá. Já nas últimas, o estranho ser dá à Marco o cinturão que emite um campo de força que o torna meio transparente e lhe confere super-força e o poder de voar. Repare que esse negócio de cinturão hi-tech quase virou mania na época. Mylar tinha um também.

Homem Justo combatia todo o tipo de bandido e seres de outros planetas. Os argumentos eram inteligentes e faziam bom uso da ficção-científica. Já na origem, o leitor é apresentado a conceitos avançados até para os dias de hoje, como a nave em duas dimensões (a parte externa do veículo se encontra em nossa dimensão, e é pequena como um carro e, uma vez dentro, em outra dimensão, o espaço da nave é grande como uma catedral e cheia de aparatos tecnológicos). Através do cinturão ele conseguia controlar a nave à distância que era invisível aos olhos humanos.

Na publicação da revista "Historieta" ,de 1981, A primeira história da revista, se apresentava em formato "cartilha" trazia o super-herói HOMEM-JUSTO, com texto do próprio Oscar Kern, desenhos de Ailton Elias e letras de D. Maldonado, personagem que já havia sido publicado em 1970, pela já extinta editora M&C de São Paulo. Nesta história o Homem Justo aparecia misteriosamente no centro da cidade de Porto do Sol para ajudar a solucionar um caso de sequestro de uma criança. Com seus misteriosos superpoderes o HOMEM-JUSTO dá uma surra nos captores do garoto e o resgata, para alívio da desesperada família. Genial o texto de encerramento da HQ, onde em resposta à pergunta do Inspetor de Polícia, o Homem Justo responde: "Digamos apenas, Inspetor, que procuro ser um homem JUSTO, só isso". O super herói ja chegou a se encontrar com outra personagem - "Velta" criação do paraibano Emir Ribeiro, numa aventura publicada em "Historieta 6", em 1983, onde os personagens unem forças para lutar contra os seres do planeta natal de "Borin", que chegaram na terra em busca do fugitivo.

Homem Justo - Matéria por Lorde Lobo/2013

Em uma entrevista à Tony Fernandes, "Ailton Elias" explica quando começou a trabalhar nas artes do Homem Justo e se o nome do personagem era uma alusão a outro mestre dos quadrinhos "Ignácio Justo": "Bem, decidi fazer o " Homem Justo" após eu ler o ótimo roteiro que o Kern levou na minha casa e após receber a minha carta-contato. Junto com o contrato e a história do Homem Justo ele levou o roteiro: a "História dos Quadrinhos", que o desenhei também, simultaneamente. Estas foram minhas primeiras publicações, só que elas saíram num fanzine. Quanto ao título do personagem, não tem nada a ver com o mestre Ignácio Justo, não (Rsss...)".

Homem Justo - por Lancelott Martins/2016

Homem Justo apareceu pela primeira vez na revista “UAU”, da Editora M&C (Miname & Cunha). Chegou até a mudar de desenhista, com Emir Ribeiro assumindo o personagem. Mas a empresa logo desistiu do Homem Justo, preferindo, nos anos seguintes publicar heróis bem mais elaborados, como “Modesty Blaise”, “Conan, o Bárbaro” e “Dr. Estranho”.

O Homem Justo é sem sombra de dúvidas uma criação original e independente. Somente mais de 20 anos depois, em 1981, ele voltou na revista-fanzine “Historieta”, da Gráfica Editora Oliveira, de Porto Alegre. Hoje em dia, o herói só vive em fanzines.

Homem Justo - por Adriano Sapão/2008

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