Capitão Gralha

 


Super Herói: Capitão Gralha
Autor: Francisco Iwerten
Ano: 1940
Alter Ego: Alberto Gomes, Corretor de imóveis
Poderes: Força sobre-humana, Grasnado sônico - um pulso sonoro capaz de derrubar vários inimigos de uma só vez, Grasnado super-sônico - pulso sonoro capaz de derrubar uma parede ou fazer um prédio tremer, Voz de comando - um tom de voz que possui uma vibração hipnótica capaz de dominar mentes frágeis ou em estado primitivo, Poder de vôo - suas asas recolhem-se nas suas costas e desaparecem, as asas são resistentes à balas e a algumas espécies de radiação, porém írio intenso as deixam paralisadas. Os poderes do Capitão Gralha são interpretados de forma diferente por cada um de seus roteiristas a respeito do que acontecia com muitos personagens da era de ouro.
Base de Atuação: Planeta Terra - Curitiba
Site: https://www.facebook.com/capitaogralha/

Capitão Gralha - Nas suas aventuras, o personagem curitibano de origem mas conceitualmente internacional, voa de um lado para outro dando catiripapos em malfeitores e frustrando gênios do crime. Suas poderosas asas o protegem qual uma couraça de aço, o símbolo vistoso no uniforme, botas e luvas elegantes e a máscara que oculta sua identidade civil são todos elementos clássicos do gênero Super-herói, assim como clássico é seu comportamento de "bom moço" com alguns traços que se tornam mais realistas ao longo de suas histórias.

Expatriado de seu planeta natal pela fúria de um ditador cruel, o Capitão Gralha adota a Terra como lar e dedica-se a proteger as pessoas da opressão, da tirania e da injustiça, o que acaba lhe valendo epítetos como: Anjo de Curitiba, Defensor do Paraná, Guerreiro Alado do Brasil. O Capitão Gralha faz parte de uma estirpe de heróis que lutam pela justiça e pelo bem comum acreditando que é necessário fazer o BEM porque isto é o CORRETO a fazer.

Em meados da década de 1940 surgiu nas bancas de Curitiba o que talvez seja o primeiro super-herói brasileiro. Criado por Francisco Iwerten e usando um bigodinho característico, asas e camisa gola polo, o Capitão Gralha foi esquecido e redescoberto, marcando para sempre os quadrinhos nacionais.

O super-herói surgiu após uma viagem aos EUA. Em plena II Guerra Mundial, os americanos temiam que o Brasil se aliasse ao Eixo e iniciaram a politica de boa-vizinhança, que tinha como objetivo estreitar as relações dos Estados Unidos com os países vizinhos. Assim, artistas viajaram para o Brasil, a exemplo de Disney e Orson Welles, e brasileiros foram levados a conhecer a terra de Tio Sam, a exemplo de Érico Veríssimo.

Mas os americanos queriam alguém ligado aos quadrinhos, já que as histórias em quadrinhos estavam tendo papel fundamental na propaganda de guerra (a maioria dos heróis dos gibis se engajaram na guerra, a exemplo do Capitão América, que aparecia socando Hitler na capa de seu primeiro gibi).

O escolhido acabou sendo Francisco Iwerten especialmente por conta de sua história familiar. Ele fugira da Alemanha nazista ainda criança e fora adotado por um casal de tios, em Curitiba.

Iwerten ficou maravilhado com o sucesso dos quadrinhos de super-heróis e mais ainda ao conhecer o estúdio de Bob Kane, que seria para sempre seu modelo a ser seguido. Ele decidira que o Brasil também teria seu herói!

O personagem foi criado na viagem de volta e foi de uma versão inicial que lembrava o herói mitológico Ícaro à ficção científica. Também surgiu uma curiosa galeria de vilões capitaneada pelo Dr. Destruição, um maníaco fascinado pela letra D, que falava apenas usando palavras iniciadas por essa letra.

Apesar de um sucesso mediano no começo, a revista foi diminuindo suas vendas até ser cancelada. Iwerten passou a publicá-la então num esquema alternativo, com baixas tiragens e acabou gastando todo o dinheiro da herança com isso. Morreu pobre, desconhecido e os montes de gibis que lotavam sua casa foram queimados. Essa é a história que foi resgatada na revista Metal Pesado Curitiba, em 1997, por um grupo de quadrinistas curitibanos. Num texto inicial, explicava-se que um outro personagem chamado "O Gralha" era uma releitura e homenagem ao "Capitão Gralha".

A partir daí o quadrinista e seu herói foram redescobertos, surgiram artigos em jornais, revistas, a ponto de Iwerten ganhar o prêmio Ângelo Agostini em 2006 como Mestre do Quadrinho Nacional e quase ser homenageado por uma escola de samba. Em 2015, os criadores do Gralha vieram a público revelar a verdade: Iwerten nunca existira. Ele e seu herói (Capitão Gralha) haviam sido criados para promover e dar um passado célebre para o personagem "O Gralha". Os criadores do "Gralha" – Alessandro Dutra, Antonio Eder, Augusto Freitas, Edson Kohatsu, Gian Danton, José Aguiar, Luciano Lagares, Nilson Müller e Tako X – inventaram Francisco Iwerten e o Capitão Gralha quando decidiram criar o personagem em 1997, sob a justificativa de que o seu super-herói seria o resgate de um personagem esquecido.

Para alguém que não existia de fato, Francisco Iwerten e o seu Capitão Gralha se tornaram bastante célebres, até mais do que o próprio "O Gralha" que seria o foco principal.

Capitão Gralha - por JJ. Marreiro/2014

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