Fantar

 

Super Herói: Fantar
Autor: Edmundo Rodrigues e Milton Mattos
Ano: 1967
Alter Ego: Fantar
Poderes: Foi exposto através do contato com radioatividade, energia nuclear ou cósmica, adquirindo força sobre-humana e capacidade de respirar debaixo d’agua. A cada ataque atômico que recebe, não sente um arranhão, e pior: cresce em tamanho & força. Pode alcançar 20 metros de altura, porém sem as recargas atômicas chega a estatura humana, com isso ficando um ser mais racional.
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil - SP
Site: http://www.guiadosquadrinhos.com/personagem/fantar-/9927

Fantar - Surgiu em 1967 e é considerado o primeiro anti-super-herói brasileiro. Lembrando o “Príncipe Submarino” e “O Incrível Hulk”, da editora Marvel, ele era um homem-peixe esverdeado que queria destruir os habitantes da superfície. Fugia do esquema “bom mocinho bonitão” que vinha desde os tempos do Capitão 7, nos anos 50. Fantar era feio, escamoso, gigantesco, anti-social e não morria de amores pela humanidade. Foi publicado pela Editora GEP, teve como roteirista Milton Mattos e como ilustrador Edmundo Rodrigues. A editora GEP publicou vários títulos como Raio Negro, Capitão Marvel e A Múmia. Tinha a sua sede em São Paulo, e parou as suas publicações de quadrinhos em 1972.

A Super-Aventura de Fantar traz como personagem principal o super-herói Fantar, um monstro gigante, musculoso e esverdeado; com aspecto de lagarto, olhos vermelhos e com o semblante fechado, fugindo do estereótipo de bom moço que se era apresentado anteriormente por outros super-heróis. O personagem possui escamas que são semelhantes à de um peixe e possui uma crista na cabeça formado pela escama. É um super-herói com irritabilidade fácil, aonde muitas de suas ações são causadas por sua raiva. Fantar vive nas profundezas das águas, mas, também habita e trava embates na superfície terrestre. Suas características físicas o permitem viver dentro e fora d’agua. Porquanto, quando ele tem alguma necessidade de ir para a superfície terrestre, as características de lagarto o ajudam na hora dos combates e na sobrevivência. Esses aspectos mostram como ele consegue se adaptar, mostrando-o como uma máquina de destruição. Fantar tornou-se um super-herói por causa de uma experiência genético-anatômica realizada pelo Dr. Branny, cientista da O.S.S. (Organização dos Setes Sábios). A O.S.S. tem como objetivo invadir, destruir e depois dominar as cidades. Ela passa a ser investigada pelo Serviço Secreto depois que Dr. Branny revela para o Serviço Secreto que Fantar na verdade é um ser humano transformado e assim começa a investigar a organização.

O intuito da organização é de dominar a terra e faz com que nosso super-herói tenha aparência de monstro que foge de padrões dos super-heróis, por isso ser considerado por muitos de anti-herói. No entanto, na HQ do personagem mostra que Fantar luta para salvar as profundezas e os habitantes da superfície terrestre o que dá a ele o certificado de ser um super-herói. Como a maioria dos super-heróis Fantar tem fraqueza, a sua é ter contato com uma gosma melequenta produzida pelo Dr. Branny que trabalhava na O.S.S. Nosso super-herói necessita de porções atômicas para manter sua força física e quando são disponibilizada ele diminui sua capacidade física e volta ficar em tamanho normal a de um humano.

Na revista nº 1, logo no primeiro quadro, ocupando mais da metade da página e mostrando imagem que relembra os formidáveis cartazes dos memoráveis filmes de monstro das décadas passadas – seguida de uma rápida explicação da origem do Fantar: é o resultado de uma experiência genético-atômica projetada por uma quadrilha maléfica denominada Organização dos Sete Sábios (O.S.S.), com o nefasto intuito de destruir as cidades e dominar o mundo, ou o que restar dele. Por isso foi criado esse monstro enorme, irracional e indestrutível – e é assim que Fantar inicialmente se comporta, como um genuíno Godzila tupiniquim. Acontece que um renegado da O.S.S., o dr. Branny, é quem revela ao Serviço Secreto incumbido de destruir Fantar que aquela criatura apavorante é um ser humano transformado naquele gigantesco e disforme monstro através de experiências genéticas.

Um 2º número da revista do Fantar chegou nas bancas, com mais duas histórias: primeiramente em “A Ameaça de Tunamar”, nosso monstro reaparece próximo de um reino submarino desconhecido pela civilização terrestre, um país aquático chamado exatamente Tunamar, governado & habitado por povo belicista, pronto para invadir o planeta e tomar a superfície de assalto. E quem chega a tempo de impedir o nefasto plano dos tunamarianos é o próprio Fantar, que, dentre vários perigos, encontra seu maior desafio numa batalha contra um polvo igualmente gigantesco.

No 3º número de Fantar temos também mais duas histórias, começando com “Os Invasores”, uma divertidíssima HQ de ficção-científica, com Fantar enfrentando uma invasão alienígena na Amazônia, detonando vários discos-voadores. Enfraquecido por não receber as habituais cargas atômicas, Fantar acaba reduzido ao tamanho de um ser humano – menos mal que acaba ficando mais inteligente do que antes. E, se nos dois primeiros números Fantar era uma grande ameaça para a humanidade, aqui acaba se tornado um super-herói, salvando a Terra de uma invasão alienígena. Já a segunda HQ do número 3 de Fantar chama-se “A Volta de Mr. Leader” – “volta” porque descobriu-se que o chefe do Serviço Secreto havia sido capturado e substituído por um espião impostor. E continua a busca por Fantar, que recuperara seu gigantismo

O 4º e derradeiro número de Fantar começa com “Nas Portas de Shambála” (“Sambála”, na capa), apresentando um fabuloso quebra-pau entre Fantar e um tiranossauro das terras dos incas. E a segunda HQ deste 4ª. número fecha com chave-de-ouro a carreira deste gibi entre nós: “Os Inimigos de Miss Dotty” é quase uma HQ erótica, mostrando fartamente as personagens femininas em biquínis (Miss Dotty, uma espião da O.S.S. e uma outra, coadjuvante). Bem, há também alguns bandidos, para que não nos esqueçamos que estamos lendo um gibi de aventura. Miss Dotty mostra ser hábil no judô, derrubando um dos facínoras espiões. Fantar, o dono do gibi, tem participação totalmente dispensável, aparecendo em irrisórios três quadros.
Há alguns anos, muito depois do Fantar, surgiu um personagem estadunidense visualmente parecidíssimo com o personagem brasileiro, uma coisa chamada Savage Dragon, uma publicação não muito bem aceita pela crítica – e mesmo assim teve mais leitores brasileiros do que o Fantar.

Fantar - por Lancelott Martins/2011
 

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