Superargo
Autor: Eugênio Colonnese e Rubens Cordeiro
Ano: 1967
Alter Ego: Coronel Braga
Poderes: Especialista em luta livre e artes marciais, agilidade fora do comum, perito em armas
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil - São Paulo/SP
Site: http://rubenscordeiro.art.br/bio/
Facebook: https://www.facebook.com/eugeniocolonnese
Superargo - Personagem publicado pela antiga editora GEP de Miguel Penteado, em 1967 e desenhado por Eugênio Colonnese e Rubens Cordeiro. A primeira aventura teve a arte de Rubens Cordeiro com roteiro de Rivaldo Macedo. Eugênio Colonnese assume os desenhos a partir da edição nº 05, assinando com o pseudônimo de "DAN" e finalizado por "W.S. Gomes" junto com "Rubens Cordeiro", posteriormente passa a assinar sem um arte finalista. O roteirista de maior expressão nas edições foi "Rubens F. Lucchetti", seguido de "Luís Meri Quevedo" e "Luiz Carlos" (Luscar).
O Superargo era um militar chamado "Coronel Braga", que para combater o crime trajava um uniforme amarelo e vermelho e tinha a sua disposição vários apetrechos e armas, além de possuir uma boa condição física, pois o herói era especialista em lutas acrobáticas.
Na sua primeira HQ, "A ilha do terror", contava a história do Coronel Braga, membro intocável da Polícia Federal, que tinha como missão combater o contrabando, mas que o fazia de forma incomum: trajava um uniforme amarelo e vermelho cobrindo o rosto com uma máscara. Tendo em vista que o herói posteriormente seria enviado pela polícia federal para atuar em solo estrangeiro para destruir um bunker, o objetivo era não ter, com o disfarce, sua nacionalidade reconhecida, evitando assim um incidente internacional. O único que sabia da sua dupla identidade era seu superior, um velho general que teve a ideia do Superargo (nome do traje usado por Braga nas missões). Após esta aventura, o herói passou a ser escalado para outras missões do mesmo gênero, sempre combatendo o tráfico e o contrabando.
A GEP era uma editora que costumava publicar os mais variados gêneros: ficção científica, guerra, super-herói, faroeste, humor, terror, etc. nacionais ou importados. Na linha de heróis, ficou lendária ao publicar três ótimas versões dos super-heróis Marvel: "Surfista Prateado", "Capitão Marvel" e "X-Men". O grande barato é que ela não se acomodava com o material importado e publicava também seus próprios personagens. Para os leitores de hoje, isso parece estranho, mas naquela época as editoras não eram tão escravas do mercado e, assim, a rapaziada tinha um verdadeiro leque de opções.
Segundo Toni Rodrigues: "Superargo nasceu graças ao sucesso que os super-herois estavam fazendo no Brasil naquele momento, tanto os heróis marvel/shell quanto o Batman. O "Raio Negro" saiu primeiro e como vendeu bem, Miguel Penteado resolveu encomendar um segundo ao Rivaldo porque o "Gedeone Malagola" insistia com o "Homem-Lua", de que Penteado não gostava (e que era pra ser o personagem principal, pois como sabemos o Raio Negro foi criado às pressas quando Penteado não gostou do Homem-Lua). Rivaldo viu em cartaz no "Cine Olido" na avenida São João, aqui em São Paulo, o Superargo italiano e o "adaptou" para o Brasil. O italiano também era encarnado por um lutador de luta-livre e isso estava na moda aqui também. Os uniformes são diferentes porque queriam evitar possíveis problemas com o filme".
A revista teve 8 edições entre 1967 a 1968. Foram produzidos também pelo menos dois “Almanaques Superargo”: um provavelmente em 1967 e outro com certeza em 1968. O herói surgiu no período da ditadura militar, e isso torna-se uma situação irônica, pois a editora GEP teve que fechar as portas devido a repressão militar na época.
Superargo - por Lancelott Martins/2017
Cores: Alexandre Alves
Comentários
Postar um comentário