Príncipe Oscar - O Annel Mágico


Super Herói: Príncipe Oscar - O Annel Mágico
Autor: Gustavo Barroso
Ano: 1908
Alter Ego: Príncipe Oscar
Poderes: Anel mágico que lhe dava grandes poderes, voar em cima de estrelas, Espada e escudo, além de criaturas fantásticas dado a ele pela fada Mariposa
Base de Atuação: Planeta Terra - Reino do rei Canuto XXX
Site: http://www.guiadosquadrinhos.com/personagem/principe-oscar/34801
Facebook:https://www.facebook.com/Pr%C3%ADncipe-%C3%93scar-o-Primeiro-Her%C3%B3i-Brasileiro-101665484517841

Príncipe Oscar - O Anel Mágico - Sua estreia se deu na revista O Tico-Tico nº 161, Ano IV, numa quarta-feira, dia 4 de novembro de 1908, estampando a capa da famosa e popular revista com o seu "O Anel Mágico", narrativa em capítulos, que, em 1924, seria publicada na íntegra sob o título "O Anel das Maravilhas", talvez a primeira graphic novel nacional, mais tarde um dos prêmios ofertados em concursos pela própria O Tico-Tico.

Mas do que se tratava tal história? Conta o narrador existir num tempo distante um reino dominado pela mais absoluta paz. Ali, as pessoas entravam e saiam com a maior liberdade, bastando atravessar uma pesada ponte levadiça que há anos não se via sair do chão. O seu soberano era o bondoso e justo rei Canuto XXX, pai do casal: Borboleta (19) e Oscar (18).

Entretanto, no entorno do reino, havia outro, tenebroso e horrendo, regido por Hygino, um gigante feroz que, sabiam, possuía um anel mágico que lhe conferia grande poder físico e metafísico, além de comandar legiões de soldados e espíritos. Um dia, não tão belo, o gigante deu pelo encanto da princesa Borboleta e decidiu tomá-la como esposa, claro, ansiando também pela riqueza do rei Canuto que, certamente, rejeitou a proposta do vilão.

Hygino, furioso, convocou toda uma legião de espíritos do mal que, em covarde investida, avançou sobre as muralhas despreparadas do castelo e matou um a um de seus habitantes, com exceção de Borboleta, agora prisioneira na torre, e de Oscar, o nosso herói, que mesmo ferido consegue escapar na densa floresta onde encontra a fada Mariposa. Ela, então, revela ao cavaleiro que a única forma de ele libertar a irmã é conseguir se apoderar do anel mágico de Hygino, oculto na torre do cume da montanha Zohnomin, guardada pelo terrível dragão Pyrogrulos. Para tal cruzada, a fada lhe oferece relíquias mágicas: um carbúnculo (talismã), um cavalo (que não se alimenta) – não sei o porquê do cavalo, pois Oscar voa em estrelas, águias gigantes, entre outros seres fantásticos – e uma espada (que nunca perde o fio). Depois, aponta o primeiro de uma série de obstáculos que terá de desafiar para conseguir encontrar a irmã, vingar a morte do pai e derrotar o gigante de uma vez por todas. De posse do carbúnculo, no caminho mostrava-o a seus aliados, como o duque da Prata, guardião da Porta de Ouro, a rainha Batrachia, senhora da Lagoa dos Encantos, São Pedro – que o ensinaria a vencer o dragão, o rei dos cometas, Volantina, a rainha das águias, entre outros. É curioso perceber que aquele jovem e talentoso jornalista que criou e quadrinizou – ilustração, roteiro e história –, há mais de 100 anos, uma narrativa de fantasia que hoje impulsionaria best-sellers e a bilheteria de cinemas. Foram 8 pranchas entre 1908 e 1909, tendo sido a primeira revista infantil de quadrinhos no Brasil, que duraria de 1905 até 1962. Em 1924 saiu um especial no formato de um livrinho numa encadernação cartonado, com créditos da oficina "Pimenta de Melo & C. Editores", sendo denominado nesta edição de "O Annel das Maravilhas", conforme o anúncio publicado na época no Tico-Tico de julho de 1924.

O cearense Gustavo Barroso (1888 – 1959) foi um dos escritores que mais produziu obras no País, cerca de 128, entre contos, romance, poesia, crítica, estudos, ensaios, além de cenografia, xilogravura, caricatura e histórias em quadrinhos.

No período em que podemos constatar a participação de Barroso na O Tico-Tico, primeira revista em quadrinhos brasileira, esse rapazola de apenas 20 anos, aluno da Faculdade de Direito do Ceará, colaborava em periódicos não apenas em Fortaleza, onde residia, mas no Rio de Janeiro, como ele mesmo nos diz em seu O Consulado da China (1941): “Enviava caricaturas e trabalhos literários a jornais e revistas do Rio de Janeiro [...] A Careta estampou vários contos humorísticos meus [...], entre 1907 e 1910. De fins de 1908 a princípio de 1909, a primeira página de O Tico-Tico foi tomada pela história "O Anel Mágico", ‘textos e ilustrações de João do Norte’, pseudônimo usado por Barroso em algumas composições, vemos a sua assinatura ‘G. Barroso’] que fez as delícias da meninada daquele tempo, segundo o depoimento pessoal de Luís da Câmara Cascudo [...]"

Arte feita para o catálogo de Heróis Brasileiros de Lancelott Martins.

Príncipe Oscar - O Annel Mágico - por  Zilson Costa/2019
Cores: Gabriel Rocha

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