O Gato
Super Herói: O Gato
Autor: Eugênio Colonnese e Rubens Lucchetti
Ano: 1967
Alter Ego: Red Brand
Poderes: Agilidade fora do comum, hábil lutador, pistolas
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil e EUA
Site: http://www.guiadosquadrinhos.com/personagem/gato-(red-brant)/10407
Facebook: https://www.facebook.com/eugeniocolonnese
Instagram: https://www.instagram.com/rene_simionato/
O Gato - Era um agente da inteligência brasileira, teve apenas 4 edições lançadas na década de 60. O fenômeno de James Bond acabou influenciando as HQs de aventuras brasileiras nos anos 60. Muitos super-heróis brazucas assimilavam a popular “fórmula” dos filmes do famoso espião inglês: as histórias de "Fantastic", "X-Man" e "Mylar", por exemplo, estavam repletas de organizações sinistras, agentes comunistas, garotas de biquini, iates, fórmulas secretas, enfim, todos os elementos que faziam sucesso nas fitas de 007. Alguns quadrinhistas iam além: preferiam aproximar mais ainda seus personagens das aventuras de espionagem, não se limitando apenas em importar elementos do gênero. Os pioneiros na elaboração de uma figura que era mistura de super-herói com agente secreto foram Rubens Lucchetti e Engênio Colonnese, quando criaram "O Gato", em 1967.
O herói era produzido no estúdio D’Arte e publicado pela editora paulista Jotaesse. O agente Red Brant — O Gato — não tinha bem um uniforme; trajava apenas uma jaqueta ou casaco e usava máscara com olhos de Gato. Colonnese calcava a fisionomia do protagonista nos traços de Sean Connery — ator que encarnou James Bond na época.
Os desenhos de Colonnese estavam soberbos como sempre. Apesar de "O Gato" não ser tão memorável como "Mylar" ou "X-Man", Colonnese caprichou nas garotas do Gato. Como bem notou José Eduardo Cimó, essas garotas tinham “um sensacionalismo fora do comum... as pernas, os seios, as poses, as roupas sensuais...”. Na parte dos roteiros, além de Lucchetti, as histórias eram roteirizadas por Luiz Meri, que escreveu os nº. 1, 3 e 4 dos quatro volumes publicados. Os autores tentavam aproximar a figura do Gato ao do clássico espião inglês.
Após o cancelamento, O Gato nunca mais retornou com histórias inéditas (apenas reprize). Nem mesmo quando a D’Arte voltou, com força total, nos anos 80, se lembraram dele e de outros personagens daquele estúdio, como X-Man, Escorpião, Superargo e Mylar. Ao que parece, a D’Arte preferiu dar prioridade às HQs de terror estilo anos 50, gênero jurássico que o estúdio achava o máximo. Rodolfo Zalla, por outro lado, justificou no número 4 da “MeMo”, em 2014: “O Gato não vendeu. Foi um fracasso. Esse tema, policial, tradicionalmente vende pouco no Brasil”.
Somente em julho de 2000 alguém lembrou do velho herói, quando anunciou-se que "O Gato" e os outros super-heróis dos anos 60 possivelmente voltariam em “edições especiais”. Em 2001 foi lançado "A Última Missão" que é um álbum escrito e desenhado por Watson Portela e homenageia os personagens criados por Eugênio Colonnese para gibis paulistanos de super-heróis e afins. O gato participa dessa aventura juntamente com Mylar, X-Man, Escorpião, Superargo, Pele-de-Cobra, Myrza e Angélica que são os protagonistas desta aventura, formando um grupo jamais antes reunido, que parte para salvar o mundo de um ataque fatal. No entanto, A Última Missão não apresenta uma aventura de teor saudosista. Os heróis foram remodelados e atualizados nesta aventura. Talvez tenha sido a última aparição do Gato nas HQs até o momento.
Curiosamente, em 1968, um estúdio rival, o de Edmundo Rodrigues, também veio com um personagem que era mistura de super-herói com espionagem, "O Carrasco". Mas isso é outra história.
Arte feita para o "Catálogo de Heróis Brasileiros" de Lancelott Martins.
O Gato - por Eugênio Colonnese/1967
Cores: Fernando César R. Fonseca/2016
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