Super Negro


Super Herói: Super Negro
Autor: Vilmar Rodrigues
Ano: 1973
Alter Ego: Antônio (Toni) Ferreira
Poderes: Possui habilidades advindas das divindades do candomblé, como Ogun (sabedoria), Exu (poderes do fogo), Xangô (força), Iansã (voo e poderes do vento), Obaluaê (resistência - terra), Oxóssi (integração com as matas e os animais), Iemanjá (integração com os mares e as águas)
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil - Rio de Janeiro/RJ
Site: http://www.guiadosquadrinhos.com/artista/vilmar-rodrigues/4678

Super Negro - Ele é o professor de antropologia Antônio (toni) Ferreira que ao pronunciar a palavra "ZUMBI" se transforma no Super Negro, um ser dotado de incríveis poderes que ganhou das dinvindades do candomblé e assim possuindo habilidades como Ogun (sabedoria), Exu (poderes do fogo), Xangô (força), Iansã (voo e poderes do vento), Obaluaê (resistência - terra), Oxóssi (integração com as matas e os animais), Iemanjá (integração com os mares e as águas).

O personagem surgiu na década de 70 com o traço caricato do cartunista Vilmar Rodrigues que colaborou para os jornais “O Cruzeiro”, “O Pasquim”, “Pif-Paf”, “Jornal de Notícias”, “Correio da Manhã”, “Dinners”, “MAD” (versão brasileira), “Jornal do Brasil”, dentre muitos outros. Segundo o quadrinista Rod Gonzalez: "Apesar do uniforme e do grito inspirado no similar estrangeiro, o Super Negro é um autêntico super herói brasileiro." Foi então que em 1995 os quadrinistas Rod Gonzalez e Darlei Nunez, decidiram inserir o personagem no Zine "Comando Justiça", publicado como uma homenagem ao artista, em uma versão não caricata do super herói. O novo visual integrou o conceito "negro" de Vilmar com as divindades Orixás, usando elementos da cultura afro-brasileira, tornando o Super Negro um autêntico super-herói brasileiro, e mantendo as adaptações da inspiração inicial que o artista teve para compor o personagem. Apesar do grande potencial o personagem no final durou muito pouco.

Vilmar já foi várias vezes premiado pelo seu talento. Em 1957, obteve o 3° prêmio no XI Salão Internacional de Humor, realizado no Canadá. Como ilustrador foi parceiro por 22 anos do escritor Carlos Eduardo Novaes de quem ilustrou 18 livros, entre eles “Capitalismo para Principiantes” e “História do Brasil para Principiantes”. Ilustrou, também, “Hai-Kais”, de Millôr Fernandes; “ O Guia do Assaltado”, de Roberto Schneider e etc.

Como desenhista de histórias em quadrinhos além do Super Negro criou o personagem Fogaça, distribuído nos anos 60, por Maurício de Souza. Contribui, também, com o gênero terror, para a revista “Sobrenatural” da Editora Vecchi, nos anos 80. Seus cartuns ilustram revistas internacionais como “La Codorniz” (Espanha) e “Il Travaso” (Itália). Uma curiosidade é que a “MAD” fazia muito sucesso com sátiras de filmes nacionais e estrangeiros. A edição 32  traria a paródia do filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.

O texto do Domingos Demasi já estava pronto, mas a  produção do filme se recusou a liberar as fotos para fazer a sátira. Ota (Otacílio Assunção era o editor da “MAD” brasileira quando Vilmar apareceu por  lá, trazido pelo escritor Carlos Eduardo Novaes), apesar de já ter esvaziado algumas garrafas de destilados, mas, confirmando a frase célebre de Humphrey Bogart: “todo homem está sempre três doses abaixo do normal”, teve uma sacada genial.

Levou Vilmar ao cinema para assistir “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e o cartunista gaúcho (Vilmar Rodrigues, nasceu em Bagé, no Rio Grande do Sul, em 14 de dezembro de 1931. Foi um renomado desenhista, ilustrador e pintor. Em 1945, mudou-se para o Rio) ficou memorizando as feições dos atores, fazendo anotações e rascunhando tudo no escuro. No dia seguinte, Vilmar chegou na redação com a paródia do filme e a capa da revista prontos.

Super Negro - por Ejhozer Evandro/2021 

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