Meteoro
Super Herói: Meteoro
Autor: Roberto Guedes
Ano: 1987
Alter Ego: Ric (Ricardo) Marinetti e posteriormente Roger Mandari.
Poderes: Super força, supervelocidade e capacidade de voar
Base de Atuação: Planeta Terra - Brasil - Ipiranga/SP e posteriormente "Rain City" que talvez seja uma referência direta a cidade de Sampa ou "Cidade da Garoa"
Blog: http://guedes-manifesto.blogspot.com/
Facebook: https://www.facebook.com/roberto.guedes.5
Instagram: https://www.instagram.com/guedesmanifesto2019/
Meteoro - Para quem não conhece, Meteoro é um super-herói criado pelo quadrinista e pesquisador de HQs Roberto Guedes. O Meteoro foi concebido por Guedes em 1987. O conceito do herói remete às antigas HQs de heróis como o Homem-Aranha dos anos 60, afinal, trata-se de um herói jovem e cheio de problemas pessoais. E a trajetória do herói é tão interessante quanto o herói em si, pois foi um dos personagens brasileiros mais reformulados até hoje.
Bem, Guedes, que nas décadas seguintes se tornaria respeitado editor e
pesquisador, além de ser editor das revistas publicadas pela finada
editora Ópera Graphica, sempre se despedindo dos leitores de seus
artigos com o clássico bordão "Tá falado!"; e ter escrito os importantes
livros teóricos A Era de Bronze dos Super-Heróis (publicado pela editora HQM), Quando Surgem os Super-Heróis e A Saga dos Super-Heróis Brasileiros (ambos pela Ópera Graphica),
concebeu Meteoro em 1987, mas só em 1992 é que o herói ganha versão
impressa. Antes, o herói quase saiu pela editora Phenix, dirigida pelo
mestre Tony Fernandes, que gostou do conceito do herói, mas alterou a
aparência anteriormente imaginada por Guedes. No entanto, a editora
Phenix saiu antes que Meteoro chegasse a ser impresso, e Guedes teve de
lançar o personagem por conta própria, em 1992, pelo selo independente
Status Comics, criado pelo próprio Guedes, figura mais que atuante no
mundo das HQ brasileiras. Na sua fase inicial, foram 7 edições até 1994.
Mais tarde, as aparições do herói se dariam de forma esporádica, em
várias revistas independentes - na época, os quadrinhos brasileiros
passavam por uma crise. Meteoro só se tornaria amplamente conhecido,
mesmo, no início dos anos 2000. Porém, Guedes sempre se manteve à frente
dos roteiros do personagem, que foi desenhado por muitos artistas,
jovens talentos nacionais.
Ah: também são três as aparências conhecidas do herói. A primeira,
sugerida (e imposta) por Tony Fernandes, imita o estilão clássico - o
herói era loiro e usava a capa e o uniforme básico, com a tradicional
"cueca por cima da calça"; em 1997, Guedes lança uma nova versão do
herói, com um uniforme diferente: negro, e com uma máscara cobrindo todo
seu rosto, dando ao herói a aparência de um inseto. O cabelo dele
passou a ser preto. A aparência definitiva de Meteoro apareceu em 1999: o
espalhafatoso uniforme azul, com máscara e um logotipo bastante
estilizado no peito. Em comum em todos os uniformes, apenas o cabelo
fora da máscara.
Mas o conceito é o mesmo para seu alter-ego. Só mudou alguns pontos de
uma versão para outra, mas o clima é o mesmo: o herói jovem, cheio de
problemas pessoais, enfrentando inimigos caricatos e superpoderosos,
sempre soltando piadinhas e comentários espirituosos a cada quadrinho.
Em suma, imitando o estilo das HQ Marvel dos anos 60, com muita vibração
e com todos os elementos para agradar o público jovem.
Em anos recentes, Meteoro ganhou revistas próprias: duas edições de Meteoro Comics, pela
editora Júpiter II de José Salles (em 2007 e 2010); e, em 2010, pelo
selo independente Guedes Manifesto, criado pelo próprio Roberto, dois
números de Almanaque Meteoro.
UM POUCO MAIS SOBRE METEORO
O alter-ego do Meteoro, originalmente, se chama Ric (Ricardo) Marinetti.
Um adolescente normal, que tem problemas na escola - meio delinquente,
ele costuma ser castigado pelos professores mesmo sendo inocente, pois
Ric tem um talento especial para atrair encrencas. Ele mora com os avós,
seu avô sempre defende o neto, ao contrário da avó, que educa o neto
com pulso firme. Como todo adolescente, Ric sente atração pela garota
mais popular da escola - a estonteante Laura Lopes. Laura gosta também
de Ric, mas nenhum dos dois sabe desse sentimento recíproco. O problema é
que, entre os dois, existe o mauricinho da escola, Ronei Moraes, que
nunca perde a oportunidade de humilhar Ric na frente de Laura.
E, como se não bastasse, Ric é desprezado pelo pai, César Marinetti, o
editor-chefe do jornal Arauto Paulistano. Tudo porque a mulher de César,
a quem amou demais, morreu ao dar à luz o jovem Ric.
Na concepção original, Ric Marinetti ganha seus poderes ao tocar em um
estranho meteoro que cai no jardim de sua casa. Contaminado, Ric ganha
superforça, supervelocidade e capacidade de voar. Assim, ele resolve
utilizar seus superpoderes, inicialmente, para se aparecer aos colegas;
no entanto, eventos traumáticos fazem Marinetti usar seus poderes em
favor do bem e da justiça. Nasce assim o Meteoro.
Em sua trajetória, Meteoro enfrentou os mais diversos tipos de vilões,
com poderes ou não. Só não cito todos eles pelo risco de errar alguma
informação. O mais importante mesmo é que o herói também possui um
palavreado típico dos adolescentes, cheio de gírias e piadinhas, o que
cria uma identificação imediata com o público. Cai fora, ô meu! é só um exemplo.
Numa nova concepção, o poder do meteoro foi dado a Marinetti graças a
uma estranha entidade, misteriosa e aparentemente nada amistosa. E o
nome do herói também mudou: agora, Ric Marinetti se chama Roger Mandari.
METEORO COMICS
Estes dois gibis foram lançados pela editora Júpiter II, de José Salles,
e mostram a miscelânea de estilos nas histórias do herói. Nesta série,
vou citando aos poucos alguns dos artistas que colaboraram para dar
forma às ideias de Roberto Guedes, sempre à frente dos roteiros (e não
só de Meteoro, Guedes escreveu roteiros para outros personagens,
concebidos por ele ou não).
METEORO COMICS no. 1
(Lançado em julho de 2007)
Esta primeira edição apresenta duas histórias, ambas escritas por Guedes. Na primeira, Quando os Heróis se Encontram, é
apresentada uma história do Meteoro com a segunda versão do uniforme.
Ric Marinetti, ao sair com Laura Lopes do cinema, vê sua musa sendo
raptada por um homem voador; tentando reagir, Meteoro vê-se frente a
frente nos domínios do capitão Op-Art, o pior inimigo do herói Raio
Negro, que, aliado a Estrela Maldita, um antigo inimigo do Meteoro que
foi reduzido a uma criatura elétrica, chantageia Meteoro para destruir o
Raio Negro. Só a ressalva é que essa história acaba muito rápido - mas
os desenhos de Horácio Jordan e a arte-final de André Valle e Carlos
Eduardo é o melhor de tudo, muito bem feita. Participação especial, é
claro, do Raio Negro de Gedeone Malagola.
A segunda história, Quem foi Meteoro?, se passa no futuro. Um
velho amigo de Meteoro - que na época desapareceu durante uma guerra de
heróis - é convidado por um grupo de agentes para dar informações sobre o
herói. O aparecimento de um terrível inimigo faz com que o velho dê um
jeito para trazer o próprio Meteoro do passado para o futuro, para deter
a ameaça. Arte de Marcelo Borba. Capa de André Valle e ilustração
pin-up de JJ Marreiro.
METEORO COMICS no. 2
(Lançado em março de 2010)
Nessa revista, um clássico: a primeira história do Meteoro, lançada em
1992! Com arte de Cláudio Vieira e letras de Wanderley Felipe (atual
Vanderfel), é mostrado como Ric Marinetti ganhou seus poderes, e por que
o garoto decidiu lutar pela justiça. Clássico dos quadrinhos
brasileiros, apesar da arte meio irregular. Capa de Marcelo Borba.
A editora Júpiter II lança a revista Meteoro Comics 2, em um trabalho de co-edição com o selo Guedes Manifesto, do editor e escritor Roberto Guedes, criador do super-herói Meteoro.
Diferente do Almanaque Meteoro 1 (que traz histórias inéditas do personagem, dentro de uma nova continuidade), Meteoro Comics é um título que republica histórias antigas do Mascarado Voador, lançadas em revistas independentes durante a década de 1990.
É o caso dessa segunda edição, que reapresenta nada mais, nada menos que a (então raríssima) primeira aventura de Meteoro, programada para sair originalmente em um almanaque da Editora Phenix em 1991, mas que acabou estreando no ano seguinte pelo selo Status Comics; com roteiro de Guedes, arte de Claudio Vieira (um artista oriundo dos estúdios de Mauricio de Sousa), letreiramento de Vanderfel e edição de Tony Fernandes.
Ou seja, esse é o tão comentado “Meteoro de Capa”, loiro e musculoso, ou conforme Guedes atesta no editorial: “[...] Tony entendia que a vestimenta original que eu inventei com malha toda preta e máscara inteiriça branca, carecia de apelo comercial [...] Com o passar das edições, seu cabelo escureceu e o uniforme negro voltou, para, em seguida, ser substituído por aquele que é conhecido hoje, com colete e mangas bufantes.”
A história intitulada simplesmente “Meteoro”, possui 25 páginas e mostra como o jovem Ricardo “Ric” Marinetti adquire seus fantásticos poderes, e decide usá-los no combate ao mal.
Morador do bairro do Ipiranga, e neto de italianos, Ric Marinetti se distingue de Roger Mandari (o novo Meteoro) em vários aspectos, como por exemplo, ser dono de um cachorrinho chamado Kid, ser orfão de pai, e de ter um cast de coadjuvantes bem diferentes de seu sucessor, com exceção da “eterna namorada”, a loira e linda Laura Lopez.
Diferente do Almanaque Meteoro 1 (que traz histórias inéditas do personagem, dentro de uma nova continuidade), Meteoro Comics é um título que republica histórias antigas do Mascarado Voador, lançadas em revistas independentes durante a década de 1990.
É o caso dessa segunda edição, que reapresenta nada mais, nada menos que a (então raríssima) primeira aventura de Meteoro, programada para sair originalmente em um almanaque da Editora Phenix em 1991, mas que acabou estreando no ano seguinte pelo selo Status Comics; com roteiro de Guedes, arte de Claudio Vieira (um artista oriundo dos estúdios de Mauricio de Sousa), letreiramento de Vanderfel e edição de Tony Fernandes.
Ou seja, esse é o tão comentado “Meteoro de Capa”, loiro e musculoso, ou conforme Guedes atesta no editorial: “[...] Tony entendia que a vestimenta original que eu inventei com malha toda preta e máscara inteiriça branca, carecia de apelo comercial [...] Com o passar das edições, seu cabelo escureceu e o uniforme negro voltou, para, em seguida, ser substituído por aquele que é conhecido hoje, com colete e mangas bufantes.”
A história intitulada simplesmente “Meteoro”, possui 25 páginas e mostra como o jovem Ricardo “Ric” Marinetti adquire seus fantásticos poderes, e decide usá-los no combate ao mal.
Morador do bairro do Ipiranga, e neto de italianos, Ric Marinetti se distingue de Roger Mandari (o novo Meteoro) em vários aspectos, como por exemplo, ser dono de um cachorrinho chamado Kid, ser orfão de pai, e de ter um cast de coadjuvantes bem diferentes de seu sucessor, com exceção da “eterna namorada”, a loira e linda Laura Lopez.
A primeira imagem em destaque é referente ao Almanaque Meteoro - Ed. 07, que saiu em setembro de 2018, e desta vez, mais enxuta: apenas 20 páginas, contando a capa em papel mais fino (as edições anteriores saíram em capa cartonada), mas mantendo o tamanho 21 x 15 cm, e agora com novo logotipo, cortesia de Robbie Prado. E só com uma história, dando continuidade à saga do Mascarado Voador – logo, abandonando o caráter de almanaque, ficando apenas o nome. Apesar disso, o presente volume continua nos bons eixos.
PARA OS QUE NÃO SE LEMBRAM DO ALMANAQUE DO METEORO
Well. Temos de relembrar também da saga do herói até aqui. Roger Mandari, um adolescente meio desajustado, desprezado pelo pai jornalista, César Mandari, morando com os avós (espinafrado constantemente pela avó e protegido pelo avô), e que não conseguia falar com a garota da qual gosta, recebe do Fantasma Encapotado, o membro arrependido de uma tal Sinarquia Universal, superpoderes para combater um grande mal que ameaça a Terra. Nesse meio tempo, Mandari/Meteoro combateu vilões espalhafatosos, se desentendeu ainda mais com o pai, ganhou a confiança da população, perdeu essa mesma confiança após eventos traumáticos... mas conseguiu conquistar o coração da estonteante Laura Lopez. Qualquer semelhança com a saga do Homem Aranha não é mera coincidência – se tem uma coisa da qual Guedes entende, é do fandom de super-heróis, principalmente da Marvel Comics, e trouxe tais influências para suas HQ.
E, cada vez mais, Guedes vai criando pontas soltas na história, a serem amarradas futuramente. Há um misterioso bandido, chefão do submundo, o Encapuzado, do qual sabemos muito pouco até agora; há uma trama envolvendo uma tal Lança do Destino. Nem sabemos direito qual é a grande ameaça ao qual o Fantasma Encapotado se refere. Mas a saga segue, na medida do possível.
No último episódio publicado, o Meteoro aparentemente morre – na verdade, fica entre a vida e a morte – após o combate contra o violento Aríete. Agora, finalmente saberemos o que acontece a seguir – e com as pessoas que o cercam. E, de quebra, Guedes ainda promove uma faxina no seu universo heroico.
Well. Temos de relembrar também da saga do herói até aqui. Roger Mandari, um adolescente meio desajustado, desprezado pelo pai jornalista, César Mandari, morando com os avós (espinafrado constantemente pela avó e protegido pelo avô), e que não conseguia falar com a garota da qual gosta, recebe do Fantasma Encapotado, o membro arrependido de uma tal Sinarquia Universal, superpoderes para combater um grande mal que ameaça a Terra. Nesse meio tempo, Mandari/Meteoro combateu vilões espalhafatosos, se desentendeu ainda mais com o pai, ganhou a confiança da população, perdeu essa mesma confiança após eventos traumáticos... mas conseguiu conquistar o coração da estonteante Laura Lopez. Qualquer semelhança com a saga do Homem Aranha não é mera coincidência – se tem uma coisa da qual Guedes entende, é do fandom de super-heróis, principalmente da Marvel Comics, e trouxe tais influências para suas HQ.
E, cada vez mais, Guedes vai criando pontas soltas na história, a serem amarradas futuramente. Há um misterioso bandido, chefão do submundo, o Encapuzado, do qual sabemos muito pouco até agora; há uma trama envolvendo uma tal Lança do Destino. Nem sabemos direito qual é a grande ameaça ao qual o Fantasma Encapotado se refere. Mas a saga segue, na medida do possível.
No último episódio publicado, o Meteoro aparentemente morre – na verdade, fica entre a vida e a morte – após o combate contra o violento Aríete. Agora, finalmente saberemos o que acontece a seguir – e com as pessoas que o cercam. E, de quebra, Guedes ainda promove uma faxina no seu universo heroico.
CRISE NAS INFINITAS REALIDADES
A grande preocupação de Guedes, desta vez, foi unificar, ou pelo menos oferecer uma explicação para, todas as encarnações anteriores do herói.
Como muitos fãs sabem, o herói já teve quatro versões distintas. Na primeira encarnação, a identidade secreta do Meteoro se chamava Ric Marinetti, e seu uniforme lembrava o do Superman. Isso quando o herói surgiu, em 1992. Ainda nos anos 1990, surge a segunda encarnação de Meteoro / Ric Marinetti, com um uniforme bem diferente. No início dos anos 2000, veio a terceira encarnação, com o uniforme atual. E a identidade do herói ainda era Ric Marinetti.
Quando Guedes resolveu resetar o universo do herói para o ALMANAQUE METEORO, a mexida foi mais sutil. A identidade secreta do herói passou a ser Roger Mandari. Algumas aventuras antigas do Meteoro ganharam uma atualização, apenas troca de nomes. Mas Ric Marinetti não desapareceu por completo; dentro do ALMANAQUE, Guedes fez Roger Mandari criar um herói chamado Zax, o Meteoro Humano, cuja identidade secreta se chamava... Ric Marinetti.
Bem, agora, Guedes vai promover a devida faxina no universo do Meteoro, de modo a deixa-lo tudo mais coeso. A ideia é que as antigas encarnações do Meteoro não sejam desconsideradas – pelo menos de todo – mas que Roger Mandari seja o Meteoro definitivo. Se o modo como Guedes o faz vai convencer o leitor e os fãs do personagem, aí é com estes...
Bão. No episódio da vez, Crise de Personalidade, com roteiro de Guedes, desenhos de Daniel Alves e arte-final de John Castelhano (que colaboraram no último ALMANAQUE), o Meteoro é hospitalizado. O incidente acaba mexendo com praticamente todas as pessoas ao redor de Roger Mandari – seus avós, seu pai, Laura Lopez, o amigo Janos Jim. Aliás, quase todos os personagens que apareceram nas edições anteriores do ALMANAQUE METEORO fazem uma participação especial: o Fantasma Encapotado (que conferiu a Roger seus poderes), Guepardo, Aranha Lunar, Sweet Suzy, Nico Bazzuca... e até um dos agentes da C.L.A.V.A. (Comando Latino Americano de Vigilantes e Agentes), uma organização do futuro inspirada nos feitos do Meteoro (vide Meteoro Comics # 1, da SM Editora/Júpiter 2). Disfarçado de médico, o agente da C.L.A.V.A. inicia um procedimento para curar o herói hospitalizado, e acaba iniciando um estranho processo: convalescente, o Meteoro enfrenta todas as suas encarnações passadas! Enfrenta o Zax, seu próprio personagem, e as encarnações de Ric Marinetti como Meteoro!
Só depois desse combate é que vem a explicação, dada pelo Fantasma Encapotado. Tal explicação é dada de modo a parecer familiar ao leitor de Marvel/DC, em tese já acostumado a lidar com universos paralelos (ops, será que eu acabei dando spoiler sem querer?!)
Mais uma vez, Guedes fez uma boa escolha para dar forma a essa estranha aventura. O traço de Alves e Castelhano é incrivelmente detalhado, mas desta vez as linhas saíram muito finas, claras demais. Há tempos, se dispensou os cinzas utilizados nas primeiras edições do ALMANAQUE. O roteiro deixa uma porção de pontas ainda por amarrar, mas uma coisa é certa: Roger Mandari ainda vai ter muito com o que lidar nas próximas edições.
E, assim, ficamos sem saber, nesse período de incertezas, se continuaremos acompanhando a série do Meteoro. Guedes, no editorial da revista, deu a entender que a série continua.
A grande preocupação de Guedes, desta vez, foi unificar, ou pelo menos oferecer uma explicação para, todas as encarnações anteriores do herói.
Como muitos fãs sabem, o herói já teve quatro versões distintas. Na primeira encarnação, a identidade secreta do Meteoro se chamava Ric Marinetti, e seu uniforme lembrava o do Superman. Isso quando o herói surgiu, em 1992. Ainda nos anos 1990, surge a segunda encarnação de Meteoro / Ric Marinetti, com um uniforme bem diferente. No início dos anos 2000, veio a terceira encarnação, com o uniforme atual. E a identidade do herói ainda era Ric Marinetti.
Quando Guedes resolveu resetar o universo do herói para o ALMANAQUE METEORO, a mexida foi mais sutil. A identidade secreta do herói passou a ser Roger Mandari. Algumas aventuras antigas do Meteoro ganharam uma atualização, apenas troca de nomes. Mas Ric Marinetti não desapareceu por completo; dentro do ALMANAQUE, Guedes fez Roger Mandari criar um herói chamado Zax, o Meteoro Humano, cuja identidade secreta se chamava... Ric Marinetti.
Bem, agora, Guedes vai promover a devida faxina no universo do Meteoro, de modo a deixa-lo tudo mais coeso. A ideia é que as antigas encarnações do Meteoro não sejam desconsideradas – pelo menos de todo – mas que Roger Mandari seja o Meteoro definitivo. Se o modo como Guedes o faz vai convencer o leitor e os fãs do personagem, aí é com estes...
Bão. No episódio da vez, Crise de Personalidade, com roteiro de Guedes, desenhos de Daniel Alves e arte-final de John Castelhano (que colaboraram no último ALMANAQUE), o Meteoro é hospitalizado. O incidente acaba mexendo com praticamente todas as pessoas ao redor de Roger Mandari – seus avós, seu pai, Laura Lopez, o amigo Janos Jim. Aliás, quase todos os personagens que apareceram nas edições anteriores do ALMANAQUE METEORO fazem uma participação especial: o Fantasma Encapotado (que conferiu a Roger seus poderes), Guepardo, Aranha Lunar, Sweet Suzy, Nico Bazzuca... e até um dos agentes da C.L.A.V.A. (Comando Latino Americano de Vigilantes e Agentes), uma organização do futuro inspirada nos feitos do Meteoro (vide Meteoro Comics # 1, da SM Editora/Júpiter 2). Disfarçado de médico, o agente da C.L.A.V.A. inicia um procedimento para curar o herói hospitalizado, e acaba iniciando um estranho processo: convalescente, o Meteoro enfrenta todas as suas encarnações passadas! Enfrenta o Zax, seu próprio personagem, e as encarnações de Ric Marinetti como Meteoro!
Só depois desse combate é que vem a explicação, dada pelo Fantasma Encapotado. Tal explicação é dada de modo a parecer familiar ao leitor de Marvel/DC, em tese já acostumado a lidar com universos paralelos (ops, será que eu acabei dando spoiler sem querer?!)
Mais uma vez, Guedes fez uma boa escolha para dar forma a essa estranha aventura. O traço de Alves e Castelhano é incrivelmente detalhado, mas desta vez as linhas saíram muito finas, claras demais. Há tempos, se dispensou os cinzas utilizados nas primeiras edições do ALMANAQUE. O roteiro deixa uma porção de pontas ainda por amarrar, mas uma coisa é certa: Roger Mandari ainda vai ter muito com o que lidar nas próximas edições.
E, assim, ficamos sem saber, nesse período de incertezas, se continuaremos acompanhando a série do Meteoro. Guedes, no editorial da revista, deu a entender que a série continua.
CURIOSIDADES:
METEORO – 30 ANOS EM 2022
Publicadoras: Status Comics, Fire Comics, Editora Escala, Júpiter II, Guedes Manifesto e Editora Noir
Criador/licenciante: Roberto Guedes
Primeira aparição: Meteoro 1 (fevereiro de 1992)
Após a explosão cósmica Shekinah, o jovem estudante Roger Mandari recebe o Poder Meteoro e se transforma no “Campeão do Bem”. Sua missão é enfrentar o “Grande Maligno”, um ser forjado pela sociedade secreta Sinarquia Universal, que pretende dizimar a humanidade e dar início a uma “Nova Era de Esplendor” com poucos escolhidos.
Em sua trajetória, o herói ainda encara as ameaças do Encapuzado, Chino, Sweet Suzy, Repressor, Rapinador e Aríete. Além da trama central, genuinamente conspiratória, a série é caracterizada por um grande e divertido elenco de coadjuvantes, que proporciona situações de apelo tipicamente adolescentes, como triângulo amoroso e conflito de gerações.
Há quem compare a atmosfera das HQs do Meteoro às do Homem-Aranha da Era de Prata. O personagem passou por várias fases, mudanças de trajes, editoras, dezenas de HQs, e foi desenhado por Cláudio Vieira, Reginaldo Borges, Marcelo Borba, Aluísio de Souza, Horácio Jordan, Fábio Cerqueira, Antônio Lima e, mais recentemente, Daniel Alves
Publicadoras: Status Comics, Fire Comics, Editora Escala, Júpiter II, Guedes Manifesto e Editora Noir
Criador/licenciante: Roberto Guedes
Primeira aparição: Meteoro 1 (fevereiro de 1992)
Após a explosão cósmica Shekinah, o jovem estudante Roger Mandari recebe o Poder Meteoro e se transforma no “Campeão do Bem”. Sua missão é enfrentar o “Grande Maligno”, um ser forjado pela sociedade secreta Sinarquia Universal, que pretende dizimar a humanidade e dar início a uma “Nova Era de Esplendor” com poucos escolhidos.
Em sua trajetória, o herói ainda encara as ameaças do Encapuzado, Chino, Sweet Suzy, Repressor, Rapinador e Aríete. Além da trama central, genuinamente conspiratória, a série é caracterizada por um grande e divertido elenco de coadjuvantes, que proporciona situações de apelo tipicamente adolescentes, como triângulo amoroso e conflito de gerações.
Há quem compare a atmosfera das HQs do Meteoro às do Homem-Aranha da Era de Prata. O personagem passou por várias fases, mudanças de trajes, editoras, dezenas de HQs, e foi desenhado por Cláudio Vieira, Reginaldo Borges, Marcelo Borba, Aluísio de Souza, Horácio Jordan, Fábio Cerqueira, Antônio Lima e, mais recentemente, Daniel Alves
Meteoro - por Marcelo Borba & André Valle/2018
Cores - John Castelhano
Fonte: http://estudiorafelipe.blogspot.com/2010/08/meteoro-comics-guedes-agora-e-sempre.html
Fonte: http://estudiorafelipe.blogspot.com/2018/09/almanaque-meteoro-7-depois-daquela.htmlFonte: http://estudiorafelipe.blogspot.com/2010/08/meteoro-comics-guedes-agora-e-sempre.html
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